Introdução
Estou iniciando uma série de artigos sobre o tema. Neste introduzirei o cenário, atores e seus papéis de forma bem geral e sucinta. Ou seja, apenas as informações necessárias para o entendimento de onde pretendo chegar.
O resultado final (a apresentação) consistirá de um programa PHP para gerar padrões originados da técnica REPASSO empregada em teares com 4 pedais que será o objetivo deste e dos próximos artigos. Óbvio que antes será fornecido o script.
Trata-se de uma técnica artesanal utilizada no Triângulo Mineiro, pelo menos na época da pesquisa realizada pela extinta Fundação Nacional Pró-Memória, vinculada ao Ministério da Cultura. Como me encontro afastado há bastante tempo da área de pesquisa cultural, não sei precisar se essa técnica permanece em uso na região.
A pesquisa teve uma abrangência muito maior do que a técnica repasso. Tratou de questões, entre outras, como o material têxtil empregado, preparação do fio, tingimento, os instrumentos necessários e de outras técnicas que não o repasso.
A abordagem da técnica repasso se baseava no seguinte princípio:
Que a classificação de uma coleção de objetos culturais seja realizada segundo o processo de sua produção, propiciando, assim, além da referenciação, uma maneira codificada de preservar aquele processo. Esta consiste no estabelecimento de uma notação simbólica – sugerida pela identificação de propriedades pertinentes ao fazer -, de uma ordenação destes símbolos e de regras de como manipulá-las segundo aquele fazer.
Ou seja, ao nos determos no fazer, e não somente no produto deste fazer, vislumbramos a potencialidade de todo o processo, que pode não estar revelada no universo dos produtos observados. Considero o princípio importante, na medida em que se trata de um modelo aberto – abstração que possibilita a compreensão de outros processos da realidade cultural brasileira em que se identifiquem propriedades e regras de operação sugeridas pelo modelo em questão.
O modelo já tinha sido empregado em outro trabalho de minha autoria “Regularidade do Trançado Entrecruzado em Diagonal”, artesanato indígena muito encontrado na região do Alto Xingu, utilizada para produzir padrões geométricos em cestas e outros objetos.
Assim, o que estaremos detalhando a partir daqui seguirá, em um nível mais abstrato, o próprio processo de tecer. Mas antes é preciso montar o cenário.
Cenário, Atores e Papéis
Serão considerados apenas algumas características e instrumentos do processo de tecer utilizados na técnica REPASSO, sem um detalhamento rigoroso, visando fornecer subsídios para o entendimento dos artigos que se seguirão a este.
a) Tear com quatro Pedais
Na figura acima estão legendados sómente os elementos do tear que facilitarão o entendimento dos demais artigos:
- Os quatro pedais, cada um conectado (amarrado) a uma folha de liço, ou seja, o pedal 1 com o liço 1 e assim por diante;
- Os liços (ou folhas de liços), utilizados para a montagem do urdume (a base do tecido). No desenho não dá para visualizar, mas são compostos de cordões amarrados da extremidade superior para a inferior com um olho (“furo”) no meio onde são passados os fios do urdume;
- As roldanas onde o cordão que as perpassam está amarrado a um par de liços. Destina-se a proporcionar a abertura do urdume ao se pisar um par de pedais. Isto é, ao pisar o par de pedais 13 os fios dos liços correspondentes abaixam enquanto os outros dois sobem (24). Na técnica REPASSO a pedalagem é sempre aos pares.
b) Lançadeira
Para tecer é necessário urdir e tramar. Acima já dei a dica da montagem do urdume e como se processa a movimentação dos liços a cada pedalagem de um par de pedais. Quando isto ocorre, a lançadeira é jogada na abertura do urdume com o fio da trama (veja figura) passando sobre todos os fios do urdume baixados e sob todos os levantados. A repetição deste procedimento gera o tecido e o seu padrão (desenho). Existem, é claro, outros passos, que não serão aqui tratados, para a obtenção do tecido final (batida do pente – localizado na frente dos liços – para apertar a trama e o uso dos rolos de urdimento e do tecido localizados da parte posterior e anterior do tear, entre outros).
A montagem do urdume e a sequência de pedalagem da trama obedecem regras determinadas pelo código REPASSO abaixo.
c) Código Repasso
O código repasso se apresenta sob a forma de uma tira de papel, com quatro pautas, nas quais figura uma série de tracinhos verticais ou, muito raramente, algarismos. Ele é o ator principal e serve para indicar tanto a passagem dos fios do urdume nos liços (urdir) como a sequência de pedalagem (tramar). Apesar disto ele é o mocinho da história. Assim, o script será desenvolvido a partir dele nos próximos capítulos, claro, levando-se em conta os atores coadjuvantes. Ah! os numeros (1, 2, 3 e 4) ou linhas horizontais indicam tanto as folhas de liços como os pedais.
Mas, antes de encerrar este capítulo vamos conhecer melhor o papel do ator principal.
- Leitura e passagem dos fios do urdume: da direita para a esquerda (pode também ser feita da esquerda para a direita) e de cima para baixo. Ou seja, no caso do exemplo acima, será passado o primeiro fio no último olho do liço 4, o segundo no último do 2, o terceiro no penúltimo do 4, o quarto no penúltimo do 2, o quinto no antipenúltimo do 4, o sexto no antipenúltimo do 2 (os seis últimos traços verticais do código), e assim sucessivamente. Ao término da passagem do código (par de liços 2 e 4 mais a esquerda repetidos três vezes) o processo retorna ao início (à direita) se repetindo até ocupar toda a largura do urdume ou a largura do tecido pretendido. Verifica-se, portanto, a existência de uma propriedade cíclica no uso do código. O mesmo se aplica para a sequência de pedalagem.;
- Leitura e a sequência de pedalagem: Encontra-se transcrita abaixo do código (na prática não existe esta notação, aqui utilizada apenas para facilitar a explicação), indicando que será pisado o par de pedais 24 três vezes, o par 23, também 3 vezes, e assim por diante. Lembro que a cada pisada é jogada a lançadeira para construir a trama. Observe que a leitura do código para a sequência de pedalagem é feita da esquerda para a direita.
Por enquanto é isso. Dê a sua opinião ela é muito importante.
UPDATE (19/03/2005): Publicado o post Tecelagem Popular no Triângulo Mineiro – O Trailer com a primeira versão do programa PHP.
zenaide luiza ferreira
jun 22, 2015 @ 06:40:50
entre no meu face book e veja fotos dos meus tapetes feitos no tear
Antonio Carlos Fialho Magalhães
fev 12, 2010 @ 19:42:46
Gostaria de saber se vc pode me informar se em Uberlãndia eu posso encontrar liços de cordão para tear de pedal. Grato antecipadamente.
Cristina Manuel Valente
jan 01, 2010 @ 14:32:40
Newton
Encontrei seus artigos no Google através da entrada “tecelagem manual” e fiquei admirada pelo interesse em fórmulas matemáticas para o desenvolvimento do repasso! Sou do Porto, Portugal, tenho um tear de quatro pedais e o meu hobbie é a tecelagem de panos de adorno em linho e juta, assim como tecidos para vestuário. Aprendi novos padrões com os seus artigos. Obrigado! Continue a incentivar!
maria jaci alves
nov 27, 2009 @ 00:34:41
este vai para maria lucia valentim sobre os repassos de que voçe fala os risquinhos o liço tem quatro folha então cada risquinho e um fio que voçe vai passar se atrama tem 8 fio nas duas folha de fora do liço voçe passa de uma em uma uma na de fora de la outra na de fora deca ate completa as 8 so pode dar par e asin por diente nunca 4 de cada ves so de uma auma ue pesquiso sempre sobre tecelagem maria lucia valentim silva sou tecelã moro em goias moro em goinia trabalho no tear 4 pedais do algodão eu entendo moito e bem tudo de bom ate outra oportunidade eu quero mi despedir espero ter ajudado ate outra hora.
maria jaci alves
set 23, 2009 @ 01:20:33
newtom sestou vendo o resoltado do gerador de padroes os tres que voce colocou eu vou pegar firmi neste projeto seu eu trabalho com 4 pedais sestou sempri alerta muito alegre com sua dedicação nessa parti eu intendo falou em repasso acho que eu tenho beira de 100 cem muito modelos bonitos eu agradesso omeu muito obrigado.
Ricardo Matteucci
jun 16, 2009 @ 16:23:52
TAPETES DE SISAL COM CHELINE
Gostaria de obter informações sobre pequenos artesões de tapetes de sisal com cheline que estejam situados no sul de minas, caso não tenham o contato, gostaria de saber em quais cidades mineiras poderia encontrar esse produto.
Viche » Informe: Gerador de Padrões de Tecidos
maio 16, 2009 @ 18:07:33
[…] Esse formato é o utilizado no Triângulo Mineiro para orientar tanto a passagem dos fios do urdume nos liços como a sequência de pedalagem. Para maiores detalhes veja o artigo Tecelagem Popular no Triângulo Mineiro. […]
maria jaci alves
abr 27, 2009 @ 18:29:56
CINTIA TEIXEIRA PARA FIAR A LÃ TENHE QUE ARUMAR
UMA FIANDEIRA QUE TENHA AS CARDAS PROCURA EM
UMA AÇOSSIAÇÃO DEVE TER NO TRIAGULO MINEIROQUEN
FAS ESTE TRABAHLO ELE NÃO E FASIL DE FASER
E NA RODA QUE FAS OS FIOS PRIMEIRO TEN QUE CARDA
A LÃ~DEPOIS FIA EU SOU DE GOIÁS GOIANIA GOSTARIA
DE PODER AJUDALA UM DIA QUEN SABE NOS VAMOS TROCAR IDEIAS EU SOU UMA TEÇELÃ~QUE DA TUDO PELA PROFISSÃO EU TECO TODOS TIPOS DI REPASSO MAS NÃO
ENTENDO BEM POR NUMEROS ESPERO TER AJUDADO OBRIGADA UM ABRAÇO
Maria Cintia Teixeira
fev 23, 2009 @ 08:07:43
Ana Eleuza mais se aproxima do que necessito. Necessito fazer fio de uma lã em perfeito estado (foi trazida pela minha família em forma de colchão ha quase 90 anos) e depois fazer cobertores. Não entendo nada do assunto e sou muito inábil. Precisaria comprar de alguém esse serviço. Será que encontraria pois estou tentando há já algum tempo e só encontro tecedoras.
Reinel
nov 21, 2008 @ 18:45:28
Parabéns por suas iniciativas. Você nem imagina o quanto seu trabalho lá atrás no tempo está colaborando com o meu atualmente!
Grato por suas inciativas.
GILMAR COSTA
nov 19, 2008 @ 14:42:30
BELIO TRABALHO SOBRE TECELAGEM. MAS GOSTARIA DE SABER SE EM UBERABA EXISTE ALGUMA ENTIDADE DE REPRESENTE A CATEGORIA
luiza
nov 03, 2008 @ 21:34:51
porvar eu queria fotos do triangulo mineiro mas não encontro favor envialo para mim no meu e mail
EDLA LUCIA PEREIRA DE OLIVEIRA
ago 22, 2008 @ 16:15:54
ASSOCIACAO DE MULHERS EMPREENDEDORA DE CULTURA E ARTE.
Boa tarde?
Myrian B.Barcia, eu nao moro em minas,sou de Antas na Bahia epor isso anossa dificuldade,gostaria que voce nos ajudasse sao Mulheres carentes,e venho lutando com elas ,sao pessoass que acha que omundo nao tem sentido,droga, enbreagadas,mas venho fazendo algumas reuniao, para poder ajuda-lo,quero que elas ande com seusproprio pes, tudo e tao dificil para quem e pobre,so DEUS.e voce que pode nos ajudar,e muita dor vou ficar muito grata
075-3277-1464-RUA SATURNINO NILO NO 107
Martha Maria Dias
ago 08, 2008 @ 19:08:42
Muito bom que o maior numero de pessoas estejam envolvidas em artesanato de uma maneira responsavel. Aproveitando gostaria de saber onde encontrar uma roca para compra.
obrigada Martha
Myriam B. Barcia
jun 29, 2008 @ 23:18:48
Vou comprar um tear de pedal e ate agora so tenho endereços de fabicas em Santa Catarina e São Paulo, mas sei que em Minas tbm tem. so que não encontro na internet. poderiam me indicar alguns fabricantes que atraves da net eu possa conhecer seus produtos. estou interessada nos teares de minas, pois moro na região dos lagos no rj e fica mais perto.
grata
Myriam
Maria Lúcia Pedra Branca Valentim Silva
maio 02, 2008 @ 14:57:19
Oi, Newtom visitei o seu site e fiquei curiosa em saber como se faz a tecnica do repasso, lí tudo mas não entendi quando voce fala primeiro fio no último olho do liço 4 e também no código repasso o que significa as séries de tracinhos.minha dúvida está em: o liço tem mais de um “olho” nesta caso e no caso dos tracinhos terá que passar três fios de uma só vez no olhinho?
Trabalho em tear de quatro pedais e no vertical para confecção de redes, mantas e etc. se possível gostaria que voce me desse uma dica. Parabéns pelo seu trabalho e desde já muito obrigado
Ana Eleusa
maio 01, 2008 @ 15:25:13
Este assunto de tear me fascina. Minha avó e minha mãe eram tecedeiras, teciam cobertas de lã e tecido de algodão para calças masculinas e outras utilidades. Cresci tomando parte de todo o processo, desde o desencaroçar do algodão, o bater para sair a sujeira, o cardar, fiar, tingir,etc. Com a lã, tinha o lavar dos carneiros, esperar secar, cortar a lã(tosquia) com tesoura manual, abrir a lã com as mãos para retirar sujeiras e carrapichos, cardar, fiar (que eu mais gostava), tingir (com tintas compradas ou galhos e fohas de congonha, uma árvore do mato). Ajudava a fazer novelos das meadas já tingidas e, daí partia para urdideira, afim de urdir os fios para se colocar no tear. Esse processo, não aprendi porque vim para a cidade para estudar mas tenho noção, porque nas férias voltava para a fazenda. Estou aprendendo a urdir e repassar com o auxílio de minha mãe. Percebi que os repassos mineiros são praticamente os mesmos quando estive na oficina de tear de Uberaba que fica no 2º piso do Mercado Municipal. Lá fiquei uma semana para renovar meus conhecimentos de infância.
Em Uberlândia tem o Centro de Fiação e Tecelagem que com o auxílio das mulheres da 3ª idade que mantem viva esta tradição.
Gostaria que você continuasse com suas publicações porque no tange aos repassos nossos avós não se preocupavam em criar algo diferente. Gostavam sim, do novo mas, quando ele já vinha pronto.
Abraços!
Ana
Rubens Guimarães
jan 29, 2008 @ 16:36:36
Ola
Gostaria de uma infomação que creio voce possa me dar: se por acaso tem conhecimento de tecelagens em Minas Gerais que trabalhem com teares de 72″ HOWA. Ou tecelagens que produzam tecidos planos com fio 8 trama 2×2 ou 2×1.
agradeço
Rubens Guimarães
edimilson c. de freitas
nov 29, 2007 @ 10:22:09
gostaria de informações para adquirir um tear com quatro pedais, caso alguém tenha alguma informação que possa ajudar-me, favor enviar no meu e-mail.
Desde ja,agradeço
Alzi Ferst
ago 01, 2007 @ 11:25:00
gostaria de informações para adquirir um tear com quatro pedais, caso alguém tenha alguma informação que possa ajudar-me, favor enviar no meu e-mail.
Ficarei grata.
Enoque Jose da Silva
jul 25, 2007 @ 16:25:29
sou tecelão gostaria de manter contato
flavia de moraes
jun 20, 2007 @ 19:38:26
a tempos venho procurando artigos sobre tear
mineiro pis possuo, em casa mais não tenho
muita abilidade com este tipo de arte, mas gostaria muito de estar mais bem informada
quando entrei na internet e li sobre sua tese
fiquei encantada ate sei mexer com o tear mas gotariade ter maiores informaçãoes mas contatos
livros apostilas ate menos um curso com o pouco
que conheço ja venho trabalhando
emmanuel gomes
jun 11, 2007 @ 13:26:32
gosria de saber quem fabrica o tear de pedal com quadro
para que possa compra-lo
Anselmo
abr 30, 2007 @ 01:36:57
Bom dia, gostaria de obter mais informaçoes de como posso adquirir um tear. Aguardo resposta.
Anselmo Neiva.
john norman
abr 01, 2007 @ 19:04:40
por favor, se alguém sabe dizer “repasso” em inglês, no contexto de tear, por favor dê um email para mim!
jnorman@terra.com.br
obrigado, abs,
John Norman
JAQUELINE
nov 30, 2006 @ 19:23:05
Olá amigos,
Coordeno um grupo de mulheres carentes que estão gerando renda familiar através do tear, com fundamentos da economia solidária. Precisamos com urgência de 03 orçamentos dierentes de alguns equipamentos como: Tear de pedal completo, Tear de cavalhete completo, roca ou fuso para que possamos fabricar os fios e linhas a serem utilizados no tear. Onde encontro tudo isso. Têem alguma dica, por favor, aguardamos ansiosos.
Deus lhes abençõe.
Jaqueline do Rocio Alves Coelho
Assistente Social
CRESS 3064 SC
Fone: (47) 9126-1439 ou 3424-1946 (noite)
Newton de Góes Horta
out 18, 2006 @ 22:44:31
Maria Stela,
Você tem toda razão. Como participei da pesquisa o fato passou desapercebido.
A figura do tear e da lançadeira foram extraídas do livro Tecelagem Manual no Triângulo Mineiro, Uma Abordagem Tecnológica, MEC – Secretaria da Cultura, SPHAN – Fundação Nacional Pró-Memória, Brasília, 1984.
Inclusive os demais artigos publicados no blog tratam da parte da pesquisa, na qual estive diretamente envolvido, enquanto Pesquisador da Fundação.
Sucesso na sua pesquisa.
Maria Stela
out 18, 2006 @ 22:08:40
O livro Tecelagem manual no TRiangulo mineiro encontra-se no IPHAN e também existe um exemplar na UnB. Estou fazendo um trabalho com as tecelãs da região também. Não esqueça de citar a fonte suas figuras que, no caso, são desse livro que vc cita. Bom trabalho!
ivonete
set 21, 2006 @ 21:54:52
Tenho dois teares mineiros, sei trabalhar, mas infelismente não consigo lã bruta.
agostaria de uma indicação, onde poderia comprar.
Ivonete
Newton de Góes Horta
ago 12, 2006 @ 13:19:44
Telma,
Os artigos escritos aqui no Blog, como você viu, referem-se a uma parte específica do resultado de uma pesquisa realizada pela Fundação Nacional Pró-Memória.
Em 1984, a Fundação publicou um livro – Tecelagem Popular no Triângulo Mineiro, Uma Abordagem Tecnológica -, onde trata, de modo mais amplo, do assunto.
Infelizmente, não sei onde você pode conseguir um exemplar (se ainda existe). Isto porque, não atuo na área de pesquisas culturais há bastante tempo.
telma assis
ago 12, 2006 @ 00:05:08
gostaria de ler sobre o tema por favor indique umlivro
Viche » Tecelagem Popular no Triângulo Mineiro - Considerações Iniciais sobre o Script
jun 12, 2006 @ 21:39:32
[…] Para maior comodidade na leitura e compreensão do assunto transcrevo, do artigo inicial, como ocorrem essas indicações. […]
Aparecida Correia
maio 27, 2006 @ 01:12:28
oi me manda artigo
Newton de Góes Horta
maio 04, 2006 @ 18:44:00
Amós Rangel,
Fico satisfeito que o trabalho realizado pela Fundação Nacional Pró-Memória (extinta por Collor) esteja ajudando a comunidade de tecelões de MG.
Como disse no primeiro artigo, a minha participação foi focada na análise e classificação dos padrões gerados pela técnica Repasso.
Não sei se você viu o segundo:
Tecelagem Popular no Triângulo Mineiro – O Trailer
onde coloco algumas observações sobre a não publicação do modelo embutido na classificação dos padrões. Nesse artigo já apresento alguns resultados com a geração de três exemplos de padrões. Há uma certa demora na montagem, dependendo da velocidade de acesso à Internet.
Como você não tinha dado retorno, esperei um pouco antes de começar a fazer o último artigo.
Quanto ao “Regularidade do Trançado Entrecruzado em Diagonal” disponho de apenas um exemplar. Vou ver o que da para fazer e lhe retorno assim que possível.
Amós rangel
maio 02, 2006 @ 09:01:44
Prezado Nilton Horta, estamos atentamente acompanhando o desenvolvimento do seu trabalho sobre Código Repasso. Quero te informar que o livro do IPHAN se tornou uma Bíblia de consulta constante, um verdadeiro manual de ensino da técnica de repasso, consolidando e incrementando a atividade de tecelagem manual, principalmente no sul de Minas.Não posso deixar de registrar a grande satisfação que é estar falando com o criador ou participante de uma obra que se tornou referência da cultura nacional.Queremos incentivá-lo a continuar com o tema, pois os resultados são inestimáveis.
Aproveitando a oportunidade, pergunto : como podemos ter acesso ao outro trabalho “REGULARIDADE DO TRANÇADO ENTRECRUZADO EM DIAGONAL” ? ?
Gratos pela Atenção,
Rangel.
carmen silvia davoglio soares
abr 20, 2006 @ 18:42:21
sou professora de artes nas escolas pública e gostaria de ensinar meus alunos a fazer tecelagem em papel aqueles que vem cortado e depois passar as tirinhas de papel com auxilio de um palito de churrasco. acontece que não acho onde compra pronto pois tenho medo de pedir estilete para fazer os cortes no sulfite preciso de ajuda.
Viche » Tecelagem Popular no Triângulo Mineiro - O Trailer
mar 18, 2006 @ 20:41:16
[…] O fato é que me empolguei com os resultados até agora obtidos com o programa em PHP para exibir os padrões dos tecidos gerados pela técnica Repasso, cujo preâmbulo, para quem deseja melhor se posicionar, foi publicado no post Tecelagem Popular no Triângulo Mineiro. […]
Newton de Góes Horta
mar 14, 2006 @ 11:08:27
Amos Rangel,
Na verdade o programa desenvolvido na época da pesquisa foi idealizado pelo Sr. Werner Stretwieser, então professor visitante do Centro de Processamento de Dados da UFMG. Acompanhei o processo e os padrões eram impressos em formulário contínuo e dava um trabalho danado a sua montagem. Dependendo do padrão utilizava várias folhas de papel. Na época os recursos de informática disponíveis não permitiam obter resultados muito diferente disto.
Minha participação na pesquisa, além do acompanhamento acima mencionado, foi desenvolver um modelo “matemático” (como rapidamente explicado neste artigo) a partir de determinadas regularidades observadas na técnica Repasso. O trabalho não foi publicado de forma integral na época por razões éticas. Esta regularidade (o modelo) permitia facilmente a automação do processo o que poderia prejudicar os tecelões da Região.
Retomei, agora, este trabalho feito por volta de 1984 e publiquei sómente esta introdução. Como estou obtendo retorno devo estar escrevendo uma segunda parte. O processo final será a elaboração de um programa que permita gerar os padrões repassos. Peço apenas um pouco de paciência. Meu dia-a-dia é bastante complicado e me falta tempo para me dedicar da forma que eu desejaria ao blog.
Obrigado pelo comentário.
AMOS RANGEL
mar 14, 2006 @ 08:48:00
DESCOBRI SEU SITE ATRAVES DE “REPASSO” NO GOOGLE E FIQUEI MUITO GRATO EM TE ENCONTRAR. HA MUITO TEMPO LI UM LIVRO SOBRE TECELAGEM MANUAL NO TRIANGULO MINEIRO EDIÇÃO MINISTERIO DA CULTURA QUE FAZIA REFERENCIA À UM PROGRAMA DE COMPUTADOR QUE MOSTRAVA OS GRAFICOS DE CODIGO REPASSO. AMIGOS MEUS , TECELÕES TAMBEM , PROCURAMOS ENTRAR EM CONTATO ATE PELA UFMG E NAO CONSEGUIMOS. AGORA SUPRESOS, TE ENCONTRAMOS. QUEREMOS INFORMAÇÕES SOBRE O PROGRAMA DE VISUALISAÇAO PREVIA E CONSTRUÇÃO DE REPASSO QUE APARENTEMENTE VOCE IDEALIZOU. GRATOS, AGUARDAMOS CONTATO. RANGEL.
Newton de Góes Horta
mar 13, 2006 @ 16:39:17
Everton,
Obrigado pela informação. Estarei, dentro em breve, escrevendo a segunda parte do artigo.
Everton
mar 13, 2006 @ 16:33:31
Sim a tecnica ainda é usada. Minha avó de 73 anos que mora em uma chacara na minha cidade natal Vazante (na verdade no noroeste e não no triangulo mineiro, ainda usa o tear de 4 pedais, e minha tia que mora na zona na rural de Patos de Minas (este sim no tringulo mineiro) também utiliza.
Quando era criança passava horas vendo minha avó materna trabalhar, tenho inclusive tapetes feitos pela minha avó.
Muito massa isso.